Comitês sobre diversidade e inclusão só são realidades em 32% das companhias
A diversidade e inclusão nas empresas nunca foram tão discutidas como nos últimos tempos. Segundo o Google, as buscas sobre diversidade no Brasil cresceram 30% só em 2017. Esse número representa uma procura 2 vezes maior que em 2012, indicando a preocupação da sociedade e das empresas com o tema.
Segundo pesquisa realizada pela EXEC, 83,5% dos respondentes dizem que é muito familiar o tópico da diversidade e inclusão nas empresas. Porém, boa parte da discussão continua apenas na teoria. O mesmo levantamento apontou que apenas 32% das empresas têm uma estrutura dedicada ao tema, e 29,6% relatam que o tema é discutido pelos líderes, mas nada formal é colocado em prática. Outros 27,9% admitiram que não há nenhuma estrutura formal ou informal organizada pela empresa para tratar do assunto.
Neste artigo, serão apresentadas informações sobre os principais desafios de diversidade e inclusão nas empresas e como implementar essas políticas.
Dificuldades sobre falar de diversidade e inclusão nas empresas
Primeiro, é necessário entender que esse é um assunto amplo e não inclui apenas as iniciativas que partem da própria empresa. Há também uma questão legislativa que, muitas vezes, não é cumprida.
Foi o que mostrou uma reportagem da Exame, publicada em 2021. Cerca de 46,9% das vagas destinadas a pessoas com deficiência em 2019 não foram preenchidas. Isso vai contra a Lei Nº 8.213, também conhecida como “Lei de Cotas para pessoas com deficiência (PcD)”, a qual institui reserva legal de vagas para todas as corporações que empregam mais de 100 funcionários.
Este não é o único número que reflete a necessidade de se falar sobre diversidade e inclusão nas empresas. De acordo com a “Pesquisa de Diversidade” da plataforma Pulses, menos de 10% dos colaboradores de companhias brasileiras fazem parte de algum grupo minoritário.
Dados apontam que assunto é tratado “de maneira rasa e insuficiente”
Outro dado desse mesmo levantamento mostra que metade dos funcionários desconhecem as políticas de Diversidade e Inclusão das empresas em que trabalham. Isso porque não existem ou por não serem amplamente aplicadas e difundidas, o que vai de encontro a um artigo publicado na Harvard Business Review. O texto afirma que o foco exclusivo no business case tradicional induz organizações a tratarem diversidade e inclusão de maneira rasa e insuficiente.
Um exemplo é a contratação de pessoas de grupos minoritários e/ou vulneráveis, sem medidas complementares para prover oportunidades de crescimento real e efetivo. Isso acontece porque não há um plano a longo prazo para esses colaboradores, focando não só nas suas carreiras, mas também na promoção da diversidade no ambiente corporativo.
Motivos para falar de diversidade e inclusão nas empresas
Não há como negar que a sociedade como um todo está em busca de mais diversidade, mas nem sempre o assunto é discutido nas corporações. Muitas acreditam que é melhor se manterem neutras, mas não é o que aponta a pesquisa Global Consumer Pulse, conduzida pela Accenture Strategy.
O estudo mostrou que 83% dos consumidores brasileiros preferem comprar de empresas que defendem propósitos alinhados aos seus valores de vida. Além disso, 76% disseram que suas decisões de compra são influenciadas pelos valores propagados pelas marcas e pelas ações de seus líderes. Ou seja: discutir e aplicar ações de diversidade e inclusão nas empresas significa aproximar-se dos consumidores.
No entanto, os impactos não ficam só com o público externo. Iniciar o debate significa dar mais segurança para os funcionários, uma vez que 40% dos profissionais LGBTI+ não se sentem confortáveis para compartilharem suas orientações sexuais no ambiente de trabalho. Ao mesmo tempo, companhias onde o ambiente de diversidade é reconhecido geram funcionários mais engajados.
Segundo a Harvard Business, o nível de conflitos é reduzido em até 50% com o investimento na diversidade e na inclusão nas empresas. E esse não é o único retorno positivo, como apontou a Accenture Strategy. Em comparação com empreendimentos que têm baixo grau de diversidade, aqueles mais diversificados têm uma cultura de inovação 600% maior.
Assim, incentivar um ambiente diverso e focar na inclusão melhora o relacionamento com clientes. Em paralelo, potencializa a cultura organizacional, gerando mais produtividade e novas ideias.
Estrutura focada em diversidade deve ganhar mais espaço e complexidade
Os números indicam um caminho difícil pela frente, mas especialistas apontam melhorias em busca de mais diversidade e inclusão nas empresas. Essa vai ser a realidade de 90% das empresas até 2023, um crescimento considerável do índice que era de apenas 41% em 2015.
Várias companhias já estão modificando suas estruturas para atenderem às novas conversas. Um levantamento da Deloitte apontou que 81% das empresas pesquisadas têm grupos de afinidade para endereçar temas de diversidade. Além disso, 49% têm áreas dedicadas a diversidade, equidade e inclusão. Entre elas, 29% destacaram ter mais de cinco profissionais alocados neste departamento.
Caso a organização não saiba por onde começar, trace um panorama atual. Aqui, o objetivo é entender o grau de diversidade e maturidade empresarial sobre o tema. Nesta etapa, são necessárias pesquisas para saber como os funcionários se identificam e quais são seus posicionamentos.
Às vezes, é mais fácil contratar uma consultoria especializada em diversidade e inclusão em empresas. A Transcendemos, a CKZ Diversidade e a Tree, por exemplo, oferecem esse serviço. Ter esse apoio ajuda a definir metas e indicadores, bem como a capacitar equipes e definir estratégias junto ao RH.
Diversidade e inclusão nas empresas: Da teoria à prática
A busca por diversidade não está só no âmbito pessoal: essa tendência já chegou nas empresas, que veem nessa “dupla” o melhor caminho para alcançar resultados mais favoráveis. Esse investimento também melhora a relação das companhias com seus consumidores, que não querem posicionamentos neutros. Pelo contrário: a maioria prefere marcas alinhadas aos seus valores de vida.Esse é um desafio bastante complexo, mas que ganha espaço e visibilidade nos ambientes corporativos. Os números mostram que a teoria está dando lugar à prática, com a criação de áreas dedicadas à diversidade e inclusão nas empresas. Os resultados são gerais, beneficiando funcionários, gestores e a sociedade como um todo.
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