Entenda a importância da cultura organizacional e como fortalecer essa estrutura
Toda empresa tem uma cultura organizacional, mas a questão que todo gestor deve se fazer é: essa cultura está de fato refletindo o que se pretende? Para que a cultura de uma organização seja uma representação dos valores e crenças estabelecidos de forma alinhada às metas estratégicas, é necessário desenvolvê-la.
Segundo levantamento realizado pela consultoria LRN, 90% das empresas de “alta performance” investem no desenvolvimento de valores adequados às estratégias de suas marcas. Para além de manter uma boa imagem, 70% dessas empresas viabilizaram seus negócios a partir desses valores.
Edgar Schein, especialista no tema de psicologia organizacional, define que a cultura representa para as empresas o mesmo que o caráter para os indivíduos. Essa definição dá a dimensão da importância desse assunto. Neste artigo, serão abordados os impactos da falta de uma cultura adequada e como o planejamento pode trazer benefícios para as organizações.
Uma estrutura organizacional mal definida pode atrapalhar significativamente os negócios de uma empresa. Mas como detectar que uma cultura é inadequada? Confira os principais sinais aos quais o gestor deve ficar atento.
Quando a cultura da empresa não é clara, os colaboradores não se envolvem com suas atividades como deveriam e nem desenvolvem confiança ao exercer suas funções. Segundo uma pesquisa realizada anualmente pela State of the Global Workplace, apenas 15% dos funcionários em todo o mundo se sentem engajados em seus trabalhos.
Além da falta de engajamento, outros problemas são a rotatividade e a baixa retenção de talentos. De acordo com um estudo realizado pela Universidade de Columbia, em empresas que não investem em cultura organizacional, a rotatividade de profissionais é de 48,4%. Em contrapartida, em organizações com uma cultura forte o índice é de apenas 13,9%.
Dos 5 mil executivos norte-americanos e europeus entrevistados pela Universidade de Duke, 90% acreditam que a cultura organizacional é imprescindível para obter lucro. Portanto, a competitividade de uma empresa está diretamente ligada ao seu investimento em desenvolver essa cultura. Conforme dados do Great Place to Work, empresas que não investem no clima organizacional podem lucrar até 7% menos do que as que têm um plano de desenvolvimento.
Cada vez mais, os clientes e parceiros priorizam organizações que tenham valores sólidos e alinhados às tendências do mundo atual. Um estudo apresentado pela Universidade Nova de Lisboa aponta que a cultura organizacional tem grande influência na imagem externa das empresas. A imagem é um dos fatores de construção da reputação das organizações e, portanto, deve receber atenção redobrada.
São muitas as vantagens das empresas que investem em desenvolver uma cultura adequada aos seus propósitos. Dois dos benefícios mais evidentes são a produtividade e a retenção de funcionários. Uma pesquisa realizada pelo Departamento de Economia da Universidade de Warnick revelou que colaboradores mais satisfeitos são 12% mais produtivos.
Já o DIEESE apresenta dados em que o índice de rotatividade voluntária nas empresas brasileiras é de 24%, porém, entre as 150 melhores empresas para se trabalhar, é de apenas 7%. Outro fator importante são os lucros, diretamente afetados pela cultura, conforme mencionado anteriormente. Um levantamento realizado pela Great Place to Work comparando 500 empresas brasileiras mostra que as que investem em clima organizacional são R$40 milhões mais lucrativas.
Em 2012, a Gerdau deu início a um projeto de transformação cultural — Gerdau 2022 — com o objetivo de ampliar a eficiência e a rentabilidade das suas operações no mercado nacional e internacional. Partindo da questão: “O que é fundamental para a Gerdau atingir seus objetivos estratégicos?”, a organização se propôs a transformar valores e comportamentos enraizados até 2022. O próximo passo é elaborar um plano de ações organizacionais.
Um exemplo de iniciativa já colocada em prática são as reuniões trimestrais realizadas pelo presidente e diretores do Votorantim com representantes de todas as áreas da empresa. O objetivo é identificar quais comportamentos impulsionam ou atrapalham a execução das estratégias estabelecidas pelo banco. Esse tipo de ação permite a detecção antecipada de desvios e o direcionamento das condutas esperadas.
Em 1990, o governo brasileiro provocou a abertura do mercado em diversos setores da indústria. Diante dessa circunstância, a Siemens decidiu implementar um processo interno de análise do negócio no Brasil.
A empresa optou por uma mudança mais sólida, a longo prazo, para que os colaboradores e seus clientes pudessem absorver as transformações organizacionais em curso. Hoje, a Siemens coleciona prêmios: de melhor empresa para se trabalhar, de índice de desenvolvimento humano organizacional, de cidadania corporativa, entre outros.
Como abordado ao longo deste artigo através de situações e exemplos, a cultura organizacional de uma empresa deve estar alinhada às metas estratégicas estabelecidas. Para tal, é extremamente necessário que os gestores invistam em desenvolvimento e fortalecimento de valores, crenças e comportamentos adequados ao que se pretende. Elaborar um plano de ações envolvendo a equipe de trabalho é fundamental para a implementação de boas práticas e de uma transformação cultural.
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