Conheça os processos da gestão de risco em projetos
Na sua definição, “risco” é um evento com probabilidade de ocorrer no futuro impactando o projeto de forma negativa (ameaça) ou positiva (oportunidade). Dentro das empresas, fazer a gestão de riscos em projetos significa analisar o planejamento para evitar que imprevistos tragam efeitos negativos para o resultado final.
Ainda que seja uma etapa crucial dentro das organizações, 47,1% das empresas não possuem uma política formal para gerenciamento de riscos. Os dados são da pesquisa Planning, que também mostrou que 60,6% das administrações têm uma visão “parcial” dos riscos a que a companhia está exposta.
No entanto, o cenário nacional reflete maior discernimento sobre o assunto.
Neste artigo, serão abordadas as dificuldades de implementação desse controle, as consequências da falta de gestão de risco e como aplicá-la na empresa.
A 2ª Pesquisa da Maturidade do Processo de Gestão de Riscos no Brasil mostra que 40% das empresas se classificam como “maduras” em relação à gestão de risco. O número se manteve estável em relação à primeira edição, mas houve um crescimento significativo nas companhias que se classificam como “Integradas” e “Avançadas” — de 6% e 5%, respectivamente. Além disso, a pesquisa também fez um levantamento para saber o que impede as empresas de fazerem a implementação desse método. Em primeiro lugar, está a ausência da cultura em gestão de riscos, com 67% dos votos. Outros fatores citados foram:
O ambiente corporativo exige a adoção de mecanismos para detectar e mensurar problemas, bem como resolvê-los o mais rápido possível. A ausência desse pensamento põe em risco toda a cadeia operacional, que passa a ser mais suscetível a ameaças internas ou externas.
A cultura organizacional tem papel crucial na promoção do pensamento crítico e aplicação de políticas e processos de gestão de riscos. Também é necessário apoiar os profissionais de compliance no seu trabalho de disseminação da cultura de controle, especialmente nas lideranças.
A falta de apoio dos executivos foi apontada como um dos principais empecilhos, já que os colaboradores se espelham em seus gestores. Logo, todos os níveis hierárquicos precisam se envolver em prol da gestão de riscos em projetos.
Quando o risco se transforma em oportunidade, é uma excelente forma da empresa crescer. No entanto, ele também pode impactar o projeto de forma negativa, trazendo sérias ameaças para a organização. Ignorar a gestão de risco em projetos pode significar repercussões em diversos níveis.
O valor da reputação de uma marca equivale a 35% do seu valor de mercado. Os pesquisadores da AMO Strategic Advisors chegaram a essa conclusão analisando as companhias listadas nos principais índices de ações do mundo e reforçam a importância da imagem corporativa.
O conceito de reputação não refere-se apenas ao que a empresa transmite em seus comunicados e ações, pois também envolve a percepção de diversos públicos ao longo do tempo. A especialista Tatiana Maia Lins vai além e afirma que uma boa reputação é “pré-requisito para que as empresas sejam bem sucedidas”.
O Brasil é o 2º país do G20 em mortalidade por acidentes no trabalho, perdendo apenas para o México. Entre 2012 e 2020, foram registrados 21.467 casos de profissionais brasileiros mortos por acidente de trabalho ou doenças laborais.
A gestão de riscos serve para verificar ameaças presentes no projeto, a probabilidade delas acontecerem e quais seriam os efeitos destes acidentes. Pular esta etapa permite que os colaboradores fiquem expostos a casualidades que poderiam ser facilmente evitadas.
Este não é o único tipo de segurança ameaçada pela falta de planejamento. O ano de 2021 foi marcado como um dos mais ativos em relação a ataques em bancos privados de grandes empresas. Serasa Experian, Porto Seguro, LinkedIn e Facebook foram algumas das vítimas, com clientes e usuários expostos ou sistemas inoperantes.
Todo novo programa precisa ser acompanhado da gestão de riscos em projetos para garantir a segurança empresarial e dos colaboradores. Uma cultura que antevê problemas e estimula o pensamento crítico traz benefícios como:
Fazer a implementação é mais fácil do que parece, pois há uma norma internacional da gestão de risco. A ISO 31000:2018 traz as diretrizes para conduzir o processo em uma empresa, bem como suas boas práticas para assegurar a credibilidade das ações.
A norma divide a gestão de riscos em projetos em seis etapas. Elas podem ser aplicadas em diversos momentos da organização, e não apenas quando há novos projetos. O objetivo final é desenvolver uma cultura de riscos, para que todos os colaboradores tenham essas etapas em mente e apliquem no seu dia a dia.
É realizada uma análise do contexto interno e externo, com pesquisas sobre o tema a ser discutido. Nesta primeira etapa, é feito um escopo com os critérios, objetivos e ambientação completa da gestão de riscos.
Todos os pontos levantados devem ser discutidos para identificar riscos, sejam eles positivos ou negativos. Aqui, todas as possibilidades devem ser consideradas, incluindo o que pode acontecer, como e o porquê.
Criação da matriz de gestão de riscos, com as consequências e probabilidades das ameaças acontecerem. Também é preciso analisar o nível de impacto que elas vão trazer para a empresa, através de pesquisas de público ou estudos de caso.
Os gestores precisam estabelecer prioridades e quais são os riscos que precisam ser tratados imediatamente.
A gestão de riscos em projetos precisa identificar as alternativas de resposta aos problemas levantados. É nesta etapa em que isso é feito, com a preparação de um plano de contingência e mitigação de riscos.
Por fim, os riscos identificados são acompanhados e é feita uma análise da eficiência dos processos implementados. Caso uma ação não tenha dado certo, é preciso redesenhar o processo e implementar as alternativas.
Na correria do dia a dia, muitos gestores preferem pular a gestão de riscos por acreditarem que ela não é necessária. Esse erro pode trazer sérias consequências, tanto para a saúde da empresa quanto para o bem-estar dos colaboradores. Pensar nos efeitos negativos e positivos deve ser o primeiro passo para a execução de um projeto.
Guiar-se pela ISO 31000:2018 ajuda no gerenciamento dos projetos. É preciso estimular essas etapas em todos os processos, para que aos poucos seja uma coisa natural entre os colaboradores. Só assim a empresa consegue se resguardar de ameaças e identifica oportunidades no meio das crises.
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