Entenda como bons indicadores de produção podem ajudar no dia a dia da gestão empresarial
Grande parte das decisões tomadas pelas empresas ainda são reativas e pouco responsáveis. Dados da consultoria Falconi mostram, por exemplo, que apenas 14,6% dos negócios no Brasil baseiam suas metas em indicadores de produção e desempenho.
Quando não usa os indicadores corretos, a empresa pode ser submetida a diversas consequências: a dificuldade em entender o real cenário do mercado, a não identificação dos pontos fortes e fracos do negócio, e assim, acaba tendo um posicionamento incompatível com as necessidades de seu cliente.
Por isso, este artigo abordará o que são os indicadores de desempenho, quais os melhores para a sua empresa, como calculá-los de modo simples e rápido, além de dicas para implementá-los agora mesmo na sua produção.
Os indicadores de desempenho são conhecidos também como KPIs, que em português significa “indicadores-chave de desempenho”. Suas principais funções, no geral, são servirem como instrumentos para medir os resultados obtidos por um grupo ou uma pessoa, em um determinado período.
Com isso, a empresa consegue avaliar se está atuando da melhor maneira possível. Os KPIs são estratégicos e precisam estar alinhados a três fatores: ao segmento do mercado que atende, às especificidades dos processos e às exigências da organização.
Em resumo, os indicadores de desempenho são obtidos a partir da comparação entre o que foi gerado pela organização (produto ou serviço) e o que foi empregado em termos de recursos para sua produção.
Cada indústria ou empresa precisa ter seus indicadores específicos, e até mesmo inovar, desenvolvendo alguns deles ao analisar sua operação. Um gestor de compras, por exemplo, pode ter a necessidade de saber o giro do estoque, enquanto o dono de uma metalúrgica poderá ter maior preocupação com o desgaste das máquinas.
Conheça alguns exemplos de indicadores de produção:
Este é o indicador mais básico, amplamente utilizado. Ele mede a quantidade de produtos produzidos ou serviços realizados em determinado período. Pode ser facilmente registrado e o segredo é realizar a comparação entre períodos diferentes, como meses e anos.
Estabelece quanto um colaborador específico produz durante uma hora. O cálculo é a divisão da quantidade de total de produtos produzidos ou serviços realizados pelo total de horas trabalhadas.
Exemplo: José é um funcionário da área de compras. Ele consegue, em uma hora, registrar 80 itens no sistema da empresa. Então, sua produtividade será 80/60 = 1,33. Já Rodrigo, que faz o mesmo serviço, consegue registrar 110 itens neste mesmo tempo. Então, a conta para Rodrigo será 110/60 = 1,83. Logo, Rodrigo é mais produtivo do que José.
O ideal é comparar o índice de produtividade homem/hora com o número das máquinas disponíveis, entre pessoas trabalhando em turnos distintos e de modo individual.
É um indicador específico, para a área de compras. Verifica as entradas e saídas de produtos do estoque em determinado período, avaliando quanto tempo uma mercadoria fica parada.
O cálculo é a divisão do número total de vendas ou retiradas pelo volume médio de estoque no período.
Exemplo: Em uma empresa, foram realizadas 6.000 vendas de camisetas, sendo que o volume médio do estoque foi de 800. O cálculo seria: 6.000/800 = 7,5. Assim, foram realizados 7 giros e meio no estoque.
Este indicador de desempenho indica quantas horas são necessárias para a fabricação de um produto ou para a realização de um serviço. Pode determinar se há algum tempo ocioso ou se é preciso otimização do processo.
Exemplo: Após um mês de observações, verificou-se que são necessárias 5 horas para a produção de um brinquedo. Maria, no entanto, está levando 10 horas para produzir um. Então, em condições normais, ela está demandando mais horas de produção do que o esperado.
Desdobra qual o lucro obtido após as vendas, descontando os custos envolvidos. O cálculo é a diminuição do valor obtido com preço final.
Além dos exemplos citados acima, existem muitos outros, como os seguintes:
Implementar bons indicadores de desempenho pode ser algo imediato, para conseguir resultados sólidos a longo prazo. Confira algumas dicas para colocar em prática:
Conhecimento e intimidade com o processo de produção de um produto ou serviço é um diferencial na hora de fazer boas escolhas. Ao entender as dificuldades e os gargalos, fica mais fácil decidir qual o indicador que dará um melhor panorama sobre o cenário real daquela área ou daquele setor.
A prática do benchmarking, que é um estudo aprofundado da concorrência, mostra quais são os atributos valorizados pelo mercado na hora de oferecer o mesmo serviço ou produto que o seu.
Além disso, as associações de classe, como a Febraban, para o sistema bancário, podem ser boas fontes de diálogos úteis, com outros profissionais do mesmo setor.
O amplo uso da tecnologia proporciona uma série de vantagens para as empresas, inclusive a coleta de dados e um melhor uso dos indicadores. Softwares de ERP, como os da Omie, Nomus, Totvs e SAP, e os de CRM, como os da Conta Azul, Agendor e o Moskit, utilizados em gestão de empresas, já oferecem alguns indicadores de produção automáticos, uma vez alimentados com dados de diferentes áreas.
De modo muito ágil, é possível acionar fornecedores ou mesmo analisar relatórios já recebidos. Como eles também atendem a outras empresas e a outros setores, em geral detêm um conhecimento mais atualizado sobre o mercado. Isso pode gerar muitos insights que melhoram a análise e o registro de indicadores.
Nenhum indicador será melhorado se não houver um real engajamento da equipe com os objetivos da empresa. Por isso, pode ser muito útil conversar francamente sobre a importância dos indicadores e realizar apresentações periódicas com os resultados.
De nada adianta estabelecer o melhor indicador de produção, se ele não será utilizado a médio e a longo prazo. Estabelecer datas específicas para reavaliações o torna atual e um instrumento importante para a tomada de decisões da empresa.
Os indicadores de desempenho são muito úteis para quem deseja tomar melhores decisões para sua empresa. Entender os diferentes KPIs requer tempo, esforço e muita dedicação dos gestores.
A tecnologia e o apoio de bons fornecedores destacam-se entre os apoios mais fortes para a implementação de novas medições. Todos ficam satisfeitos: empresas, funcionários e, por fim, os clientes.
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