Reduza a rotatividade com boas práticas de integração de pessoas
A rotatividade é um grande problema nas empresas, tendo aumentado em 82% no Brasil nos últimos anos. Esse número é mais que o dobro registrado mundialmente e faz disparar o alerta sobre a integração de pessoas, em especial nos primeiros meses no emprego.
Segundo a Forbes, o turnover varia de 20%, nos primeiros 45 dias de trabalho, a 50%, nos 18 meses iniciais, trazendo prejuízos financeiros e operacionais, pois o setor de Recursos Humanos precisa retomar a procura por talentos, processo este que pode custar até 20% do salário anual para posições de nível médio. Se o talento perdido ganhava R$6 mil, por exemplo, serão necessários R$36 mil para encontrar uma nova e qualificada pessoa.
Mesmo assim, há empresas que ignoram a importância da integração de pessoas e acreditam que o processo de admissão envolve apenas a parte burocrática, realidade compartilhada por 81% gestores de RH, os quais acreditam que suas companhias não têm um bom onboarding. Apenas 32% das organizações contam com programas formais de integração.
Este artigo aborda as principais características de um bom onboarding, suas vantagens e como o implementar nas empresas.
O programa de integração serve para reforçar a cultura organizacional e garantir que todo o processo de admissão seja feito da maneira correta. De um ponto de vista burocrático, envolve a assinatura de contratos, revisão da job description e informações sobre benefícios, como plano de saúde e vale-refeição.
Porém, os gestores de Recursos Humanos devem garantir que o onboarding vá além disso. Este é o primeiro momento da pessoa como colaborador da empresa, então é hora de superar as expectativas criadas! Além de revisitar os princípios, as metas e os objetivos da companhia, mostre as iniciativas em prol do bem-estar coletivo e alguns dos cases de sucesso.
Porém, é importante saber dividir esse conteúdo. “Bombardear” o colaborador com muitas informações em pouco tempo pode ter o efeito contrário e deixar o processo de integração cansativo. Estudos da Urbanbound defendem que, quanto maior o período, melhor a adaptação: a experiência prolongada do onboarding aprimora a produtividade dos novos colaboradores em até 34%, então dê preferência a programas com duração de até uma semana.
Ainda que seja importante falar da extensão, o diferencial reside na estruturação. Ou seja: é papel do RH garantir que todas as informações sejam passadas de forma clara e concisa, que haja compreensão quanto a como a empresa funciona, além de um senso de pertencimento dos recém-chegados.
Pode parecer trabalhoso, mas isso traz ótimos resultados para a companhia. Segundo a Society for Human Resource Management (SHRM), organizações que promovem um processo de integração estruturado vivenciam um aumento de 62% na produtividade. Tais práticas também influenciam na retenção, pois a integração de pessoas gera um índice de permanência de 50% entre novos contratados.
Um bom onboarding é benéfico para todos os envolvidos. O colaborador descobre a melhor forma de agir e pensar dentro da companhia e se sente bem-vindo naquele espaço. Já a empresa familiariza os recém-chegados com seus valores e com suas missões, principais métricas e o que é esperado deles nesta nova fase.
Para garantir que tudo corra bem, é preciso estruturar o programa de integração de pessoas, envolvendo algumas ações que se iniciam até mesmo antes da contratação.
O objetivo do onboarding é familiarizar os novos funcionários com a empresa, mas não deve ser feito só no processo de admissão. Os recrutadores precisam garantir que os “novatos” atendam aos critérios da companhia e essa é uma missão que começa no recrutamento.
Na hora de anunciar a vaga de emprego, compartilhe com os candidatos quais são as expectativas para aquele cargo e um pouco sobre a companhia. Um estudo do LinkedIn mostrou que o Employer Branding, assim como estratégias focadas em gerar uma percepção positiva do mercado a respeito da empresa, têm um impacto significativo na contratação. E também ajudam a familiarizar os profissionais com a rotina da organização e com seus objetivos.
Essa visão geral pode estar no site oficial da empresa, nas seções “Sobre” e “Trabalhe Conosco”. Assim, já há uma triagem automática por parte dos interessados: ao ler mais sobre a cultura organizacional, eles decidem se faz sentido iniciar o processo seletivo. Um exemplo de sucesso é o Google Careers, que explica como funcionam as entrevistas e contratações na empresa.
Uma outra pesquisa do LinkedIn aponta que o contato regular com quem gerencia diretamente os colaboradores influencia na qualidade da integração. Antes de apresentar novos colaboradores ao restante da equipe, é importante que se sintam confortáveis com seus novos dirigentes para relembrar alguns pontos discutidos na entrevista:
O ideal é envolver gestores de todas as áreas no onboarding para proporcionar uma visão geral da companhia. A conversa deve abranger a rotina de cada setor, como contribuem para os resultados gerais, assim como uma explicação de como as estruturas hierárquicas são organizadas.
Uma em cada três empresas já perdeu candidatos devido à burocracia na admissão. A informação vem da 2ª edição da pesquisa Transformações na Gestão de Pessoas e reflete como esse é um momento delicado na integração de pessoas. Em muitos casos, os candidatos precisam se deslocar três vezes ou mais antes mesmo de iniciar o novo emprego.
O mesmo estudo apontou que 100% dos profissionais acreditam que as tecnologias podem ajudar. Outros 81% acreditam que as admissões digitais tornam a empresa mais atrativa, além de agilizar todo o procedimento. O processo de digitalização do RH precisa envolver plataformas que reduzam a burocracia, como SÓLIDES e Unico.
É no onboarding que colaboradores devem sentir que tomaram a decisão certa ao aceitarem a oferta, pois se trata de seu primeiro contato com a empresa. O “encantamento” pode acontecer de várias formas, sendo a mais popular o uso de brindes personalizados. As empresas costumam ter kits de boas-vindas, como mochila, blusa e caderno.
Porém, se o orçamento estiver apertado, não é necessário investir em objetos físicos: uma boa primeira impressão se dá por meio da organização e cuidado. Na véspera do início das atividades, seria bom enviar um “manual dos funcionários”, contendo as principais informações sobre a companhia. No dia do evento, comece mostrando o cronograma das atividades e se atente para que não haja atrasos. Pausas para café e almoço ajudam a integrar os times, então é importante que gestores façam uso destes momentos a seu favor.
Por fim, é importante saber se o programa de integração de pessoas está surtindo efeito. Algumas das métricas mais utilizadas são:
Onboarding não é apenas um processo burocrático de admissão. É neste momento que os recém-chegados se integram com a empresa, com seus valores e com suas missões. Em linhas gerais, percebem se fizeram ou não uma boa escolha de trabalho — e cabe aos Recursos Humanos fazer com que esta resposta seja positiva.
Afinal, os benefícios vão além da integração de pessoas. Um programa bem estruturado reduz o turnover, aumenta a produtividade e o senso de pertencimento. Por isso, deve ser levado a sério pelo RH e pelas outras áreas. Desta forma, a companhia melhora retenção de talentos e não precisa despender mais recursos na procura por novos profissionais.
A digitalização do RH, bem como a criação de métricas e entrevistas transparentes contribuem para esta finalidade. Depois, é preciso ouvir os próprios colaboradores para saber o que eles acharam do onboarding e como a integração pode ser ainda melhor.
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