Entenda como a liderança transacional pode ser eficiente para a sua empresa
A liderança transacional destaca-se num cenário de crise, quando as chefias assumem um papel fundamental frente ao desempenho institucional. Esses profissionais são os responsáveis pelo planejamento e condução dos demais colaboradores, e líderes despreparados podem pôr em xeque a sobrevivência da empresa.
Um estudo envolvendo mais de 1000 entrevistados feito pela startup Vittude em parceria com a Opinion Box mostra que 62% dos liderados afirmam considerar a rapidez nas tomadas de decisão uma ação relevante. A pesquisa também revelou que 92% dos chefes acreditam que dão o exemplo para seus funcionários, enquanto apenas 70% destes confirmam essa afirmação.
Este artigo aprofunda os conhecimentos sobre o modelo de liderança transacional, abordando suas características e benefícios. Também apresenta as melhores práticas para definir o modelo transacional no planejamento corporativo.
Os planejamentos de curto prazo, característicos do modelo de liderança transacional, facilitam a visualização dos objetivos e motivam colaboradores a entregar o resultado esperado. Dessa forma, quando implementados da maneira correta, podem favorecer a produtividade.
Como o próprio nome sugere, é um modelo de comando baseado em recompensas e punições, onde o gestor consegue extrair a melhor performance de seus subordinados. Ela promove um intercâmbio ou transação, em que o líder reconhece os funcionários que realizam as tarefas de acordo, e penaliza aqueles que não atingem os resultados esperados.
Apesar de considerado ultrapassado, e popularmente não ser reconhecido como o modelo mais adequado, claramente oferece algumas vantagens. Ou seja, empresas que fornecem autonomia excessiva para seus colaboradores podem sujeitar-se as seguintes complicações:
A falta de premiações e recompensas pelo desempenho positivo dos funcionários pode prejudicar a produtividade da empresa. Isso porque o princípio transacional motiva os colaboradores a tornarem-se profissionais mais produtivos e eficientes.
A ausência das recompensas prometidas pode fazer com que os funcionários levem mais tempo para realizar suas demandas. Além disso, a liderança transacional tem como característica os planejamentos de menor prazo, facilitando a conclusão dos projetos.
O planejamento de curto prazo oferecido no modelo transacional favorece a agilidade na conclusão dos objetivos. Isso porque, considerando essa condição, os trabalhadores se vêem empenhados e ansiosos para finalizar o projeto e receber sua recompensa.
A liderança transacional é frequente no ramo da indústria. O foco é no controle dos desvios, problemas e adversidades para que as ações corretivas possam ser tomadas o quanto antes. O princípio da rigidez exige dos líderes uma série de características necessárias para a implementação efetiva desse modelo. As principais medidas que refletem o princípio transacional são:
O líder transacional é a voz absoluta nas tomadas de decisão do departamento. Sendo assim, as tarefas delegadas à seus subordinados devem ser cumpridas sem que haja mudanças. O estilo transacional possui forte relação com uma hierarquia vertical, no qual a autoridade é incontestável e definida de cima para baixo.
A comunicação com os funcionários deve ser restrita, limitando-se ao necessário para o cumprimento das metas da equipe. Em alguns casos é criado um setor específico que faz essa comunicação entre o líder e seus liderados. A liderança transacional é pouco colaborativa, sendo esperado que os colaboradores realizem suas tarefas conforme as regras e sem questionamentos.
Nesse modelo o gestor costuma tomar suas decisões com base em suas próprias opiniões e pontos de vista. Ele prioriza as suas impressões e dificilmente consulta a opinião de seus subordinados, restringindo a liberdade dos mesmos em sugerir ideias que possam ser interessantes para o negócio.
A forma de trabalho e ordem de execução das tarefas é totalmente padronizada. Na visão do líder, isso facilita que o fluxo seja positivo e que as metas sejam batidas. Ele não permite flexibilidade nos processos, exercendo um controle rigoroso e bloqueando qualquer margem para mudança nas etapas.
Para exigir que os colaboradores sigam o planejamento com rigor, é necessário que o líder esteja à frente de cada etapa dos processos produtivos. A supervisão é intensa, com acompanhamento próximo de cada tarefa executada, e a remuneração dos colaboradores só é validada a partir do foco total na execução das tarefas durante seu período de expediente.
É importante esclarecer que atualmente o modelo de liderança transacional não é visto como o mais adequado, principalmente pelo excesso de autoridade e da pouca autonomia dos colaboradores. Muitos talentos podem ser perdidos por não se sujeitarem a um ambiente tão controlador. Mesmo assim, quando esse modelo é implementado de forma correta, pode trazer algumas vantagens em relação a outros.
O principal ponto positivo é o cumprimento das metas, fruto do intenso rigor atribuído às atividades. O princípio da recompensa e punição pode também ser um incentivo ao trabalho, motivando equipes a alcançar melhores resultados. Além disso, a definição dos planejamentos de curto prazo, somada aos pontos citados anteriormente, esclarece os objetivos corporativos e contribui para a produtividade da organização.
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