Saiba como a organização horizontal pode beneficiar as organizações
As organizações horizontais surgem em um cenário em que toda empresa necessita de um nível de cobrança ou de subordinação para que os projetos caminhem da forma correta e no tempo estabelecido. A hierarquia empresarial é quem assume esse papel, e pode ser definida como a distribuição de poder na companhia.
Essa hierarquia é responsável por determinar o direcionamento dos fluxos de trabalho, estruturando cargos e os responsáveis por gerir cada departamento da organização. Nesse sentido, apesar de ser fundamentada numa perspectiva vertical e hierárquica, os modelos de hierarquia modernos (chamados de horizontais) têm feito mais sentido e ganhado popularidade entre empresas inovadoras.
Esses modelos valorizam a qualidade de vida, e segundo pesquisas, 90% das empresas que aprimoram a qualidade de vida dos funcionários conseguem uma melhora no clima organizacional, aproximam os gestores de seus liderados, aumentando o engajamento e a eficiência na realização de projetos.
Este artigo mostra as consequências da ausência de modelos horizontais, lista as melhores práticas para se cultivar esse modelo e apresenta exemplos práticos de empresas que obtiveram sucesso ao assumi-lo.
Os modelos de hierarquia vertical costumam ser pautados num alto grau de subordinação entre núcleos e departamentos. Muitas vezes essa estratégia não é a mais adequada para o crescimento corporativo, principalmente em médias e pequenas empresas. Além do baixo engajamento, outras desvantagens desse modelo são:
A gestão vertical é muito baseada na capacidade do líder em tomar as melhores decisões e gerenciar as equipes. Gestões horizontais costumam preparar melhor seus colaboradores para que sejam independentes e possam tomar as próprias decisões assertivas se necessário.
A hierarquia vertical fomenta desejos e disputas por poder entre grandes diretores corporativos. O principal objetivo de muitos deles é colocar-se como o maior nome da gestão, deixando de lado outras questões importantes para o sucesso do negócio.
Colaboradores proativos muito provavelmente irão se sentir desmotivados em trabalhar numa empresa com pouco engajamento das equipes e chefes rígidos demais. É importante que eles também tenham voz ativa e benefícios expressivos dentro de seus cargos.
A gestão horizontal cria um ambiente mais colaborativo e engajado. Além disso, incentiva que os gestores estejam próximos das equipes, entendendo suas necessidades e tornando o ambiente mais adequado para desempenhar funções com motivação e determinação. Sendo assim, para conseguir implementar esse modelo, a empresa deve atentar-se aos seguintes pontos:
Em um primeiro momento, é interessante analisar os canais de comunicação da gestão e entender como eles podem se tornar mais colaborativos. A estruturação desses espaços diminui as chances de ruído e motiva os colaboradores, que passam a possuir um papel importante nas tomadas de decisão.
Um dos princípios da horizontalização é a maior autonomia que cada equipe possui sobre seus projetos. Os funcionários são livres e devem ser incentivados a trocar ideias e propostas com trabalhadores de outros departamentos, facilitando a identificação de oportunidades e soluções inovadoras.
O modelo de autonomia dos funcionários leva tempo para ser incorporado, mas quando engrena apresenta uma série de benefícios. O principal é a agilidade com que os mesmos absorvem aprendizados, facilitando também as tomadas de decisão.
Considerando a estrutura de organização alternativa, os funcionários devem estar alinhados à cultura que a empresa deseja promover. Já que não haverá um chefe tradicional, os colaboradores devem ser capazes de responder a desafios, organizar o próprio tempo, serem proativos e possuir pensamento estratégico.
Apesar da estrutura baseada na autogestão, que favorece o comprometimento entre colaboradores, um código de conduta bem estruturado é fundamental, já que os conflitos corporativos não deixarão de existir. Esse código de conduta será o responsável por fazer com que o respeito e a colaboração entre todos os envolvidos se mantenham.
Apesar de geralmente fazer parte da estratégia de pequenas/médias empresas, onde a comunicação e a interação entre os agentes é facilitada, modelos de organização horizontal ficaram famosos recentemente por nortear grandes empresas em seus objetivos. Alguns exemplos expressivos são:
Uma das empresas que mais revolucionou o setor de entregas nos últimos tempos disponibiliza aos colaboradores uma série de benefícios que se alinham aos princípios da organização horizontal, como por exemplo: dia para pets, patinetes à disposição para locomoção, bebidas e comidas livres durante expediente.
A gigante dos streamings é popularmente adepta à organização horizontal apesar de não adotar um modelo 100% livre de hierarquia. Mesmo assim, em seu site, na aba cultura empresarial, ela apresenta diversas características desse modelo de gestão, organizadas como princípios.
Elon Musk também já se pronunciou publicamente dando declarações sobre hierarquia horizontal em um momento crítico de queda das ações da sua empresa. Segundo Musk, os ajustes iriam ocorrer principalmente na comunicação da empresa, que por obedecer uma extensa cadeia de comando, era considerada pouco eficiente.
Sendo muito comum em startups, o modelo de gestão horizontal promove autonomia e cooperação entre os colaboradores, uma vez que a maioria das decisões são tomadas em conjunto e consideram a opinião de todos os envolvidos. Outro ponto interessante dessa gestão é a pluralidade de opiniões sobre iniciativas que permitem trazer resultados mais satisfatórios.
Na maioria das vezes os donos de negócios que implementam esse tipo de gestão possuem um mindset inovador, e suas empresas são referência em inovação. As organizações citadas no artigo são exemplo disso, e nitidamente, empresas como essas atraem um número muito maior de talentos e profissionais capacitados para suas sedes. O modelo de gestão horizontal aparece para corrigir falhas deixadas pelo tradicional, em que um chefe rígido e muitas vezes mal preparado não é capaz de tomar as decisões e cuidar de suas equipes de maneira adequada para levar a organização a um caminho de sucesso.
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